quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

O texto narrativo

Durante a semana, para além das leituras, também dedicamos algum tempo à escrita, em especial ao texto narrativo. Num texto narrativo existe um narrador que conta uma história, na qual entram personagens que participam em acontecimentos (ação), ocorridos em determinados momentos (tempo) e em certos lugares (espaço).
A narrativa pode ser dividida em três partes: introdução (apresentam-se algumas personagens), desenvolvimento (desenrolam-se quase todos os acontecimentos importantes da narrativa) e conclusão (situação final, em que surge a solução).
 
Em conjunto imaginamos e escrevemos um texto narrativo, tendo sempre em atenção as características deste tipo de texto:


O príncipe medroso
 
No tempo em que havia reis, há muitos anos atrás, havia um príncipe tão medroso, que até tinha medo da sua própria sombra. Ele apaixonou-se por uma bela princesa, muito alegre e divertida, que vivia no Palácio Real com os seus pais, o Rei Rechonchudo e a Rainha Trinca-Espinhas.
A princesa, que se chamava Florinda, quando viu o príncipe pela primeira vez, achou-o demasiado medricas e trapalhão, não lhe ligou nenhuma.
O príncipe, que todos conheciam por Picuinhas, sentiu-se muito infeliz, quando percebeu que a princesa não gostava dele. Ficou ainda mais medroso.
Numa noite escura e sombria como o carvão, enquanto todos dormiam no palácio, ouviu-se um barulho assustador e um grito muito forte:
- Aaarrrgggg!!! Aaarrrgggg!!!
- Socooooorrro! Ajudem-me!!!
A princesa foi raptada pelo Gigante Pé Grande e foi levada para o seu castelo, no meio das montanhas rochosas.
O rei e a rainha, preocupados e aflitos, pediram ajuda a todas as pessoas do reino, mas ninguém tinha coragem para enfrentar o malvado gigante. Desesperados, foram ao reino do Príncipe Picuinhas pedir ajuda.
- Fa…a…rei tudo para a…a…a salvar! – exclamou ele, tremendo de medo.
Muito nervoso e sem ideias, o príncipe foi para a floresta mágica pensar num plano de salvamento.
Enquanto andava às voltas a pensar, ouviu um estranho ruído no meio da vegetação. De repente,  apareceu-lhe à frente uma criatura minúscula, com asas brilhantes e coloridas, mas com ar bondoso e amável.
- Precisas de ajuda, jovem?
- Qu… quem és tu? – perguntou o príncipe, cheio de medo.
- Ora, não me conheces? Sou a Fada dos Desejos! Não tenhas receio.
O Príncipe Picuinhas contou à fada o que tinha acontecido à Princesa Florinda e pediu-lhe que fizesse uma magia para lhe dar coragem e enfrentar o gigante.
- XAMALALUZ, XAMALALAZ… com coragem fique este rapaz!
Com estas palavras mágicas, Picuinhas agradeceu à fada,  encheu-se de coragem e pôs-se a caminho do castelo do Gigante Pé Grande.
Quando chegou aos portões do castelo, deu de caras com uma ponte levadiça, mas não se importou: deu um salto enorme e entrou pela janela. Encontrou o gigante a dormir e resolveu ir até à torre mais alta do castelo, que é onde as princesas costumam estar presas.
Quando a princesa o viu, ficou muito surpreendida e espantada.
- Tu?!? Vieste salvar-me?
- Em carne e osso! Agora sou corajoso e destemido! Vamos, antes que o gigante acorde!
Antes de saírem, resolveram pintar a cara do Pé grande de cor-de-rosa e fizeram-lhe umas belas tranças. Quando este acordou, foi visitar a princesa à torre, mas logo que entrou apenas viu a sua triste figura refletida no espelho. Ficou tão envergonhado que jurou nunca mais ser malvado, fugindo a sete pés daquele reino.
O Príncipe Picuinhas levou Florinda para o palácio real e contou aos pais da princesa a sua aventura. Estes agradeceram-lhe por ter conseguido salvar a sua filha. A jovem apaixonou-se perdidamente pelo príncipe. Casaram-se e tiveram dois filhos, uma bela menina, a quem chamaram Liliana e um corajoso rapaz, de nome Filipe.
Ah! E viveram felizes para sempre…


 
Texto coletivo
T01F
 20/21 de fevereiro de 2013

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